A delegada responsável pelo inquérito que apura a delação feita pelo publicitário Marcos Valério proibiu o acesso dos advogados ao processo, às investigações relativas a procedimentos investigatórios sobre o ex-presidente Lula.
No entanto, em sua área foi vazado para a imprensa o conteúdo das declarações dadas pelo delator. Vazaram tudo o que quiseram. Está nos jornais de hoje, sob aquele velho manto que já não engana ninguém, de que as matérias resultam de conversas da delegada com amigos.
Das duas uma, agora: ou essa delegada é afastada da presidência do inquérito imediatamente, ou os advogados que tocam a causa em nome do ex-presidente da República devem ter assegurado seu direito líquido e certo de pleno acesso às investigações e informações do inquérito.
E eu repito: com a investigação contra o ex-presidente, quer se criar um factóide político, porque os fatos todos narrados pelo delator constam de seus depoimentos anteriores em CPIs, na Policia Federal (PF) e em juízo sem que, até então, nenhum fato ou prova envolvesse o ex-presidente Lula ou consubstanciasse seu envolvimento no caso. Tanto é fato que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou vários pedidos de inclusão do ex-presidente na Ação Penal 470, o chamado mensalão recém-julgado pela Corte.
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