Ex-presidente argentino Carlos Menem foi considerado culpado de "contrabando agravado de 6.500 toneladas de armamento e munições à Croácia e Equador"; símbolo neoliberal da década de 1990, atualmente Menem é senador, o que lhe protege de ser preso, a não ser que passe, antes, por um julgamento político; se passar, pode pegar de 4 a 12 anos de cadeia...
O ex-presidente argentino Carlos Menem, símbolo neoliberal da década de 1990 no país, foi condenado nesta sexta-feira pela Câmara de Cassação argentina por contrabando de armas ao Equador e à Croácia. O crime foi cometido durante seu mandato, de 1989 a 1999. Junto com ele, foi condenado o ex-ministro da Defesa Oscar Camilión.
Ambos foram considerados culpados de "contrabando agravado de 6.500 toneladas de armamento e munições à Croácia e Equador", mas as penas ainda não foram fixadas. Os dois haviam sido absolvidos em 2011, por um tribunal que julgou o caso do tráfico de armamentos. Na apelação, contudo, a Câmara de Cassação decidiu anular a decisão e pedir aos juízes que fixem o montante da pena.
A decisão diz que "o contrabando foi considerado agravado por se tratar de material bélico e por ter sido realizado com a participação de funcionários públicos". Os canhões, fuzis e outros armamentos embarcados em Buenos Aires passaram por Panamá e Venezuela, mas foram desviados em manobra para evitar embargos de armas a que estavam submetidos Equador e Croácia.
Atualmente, Menem é senador pelo governamental peronismo, e há fóruns que o protegem da prisão - a não ser que ocorra um julgamento político. O crime de contrabando agravado prevê penas de 4 a 12 anos de prisão. A sentença pode ser acessada aqui.
ESQUERDA CENSURADA
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