26/02/2013

PROMETENDO CRÉDITO E RETORNO, GOVERNO FAZ OFENSIVA GLOBAL


"Road show" começa sexta-feira em Nova York, com o ministro Guido Mantega e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; ao mesmo tempo, ministra Gleisi Hoffmann falará a investidores em Londres; apresentações podem se estender a Tóquio e Cingapura; intenção é atrair interessados em construir ferrovias, aeroportos, portos e estradas; crédito garantido e retorno de até 15% do investimento são principais chamarizes; se Mantega voltar de mãos vazias ou com promessas fracas, presidente Dilma não vai gostar nada nada ...

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247 – O governo resolveu atacar, no bom sentido, o mundo. Com início simultâneo, nesta sexta-feira, em Nova York e Londres, ministros destacados pela presidente Dilma Rousseff saem a campo com a missão de atrair investidores para obras de infraestrutura que, sozinho, o governo não tem condições de bancar. O grande chamariz é a oferta de financiamento pelo BNDES, a juros camaradas, e taxas de retorno do investimento prometidas em até 15% -- e não mais 5%, como constava do plano inicial.
O comando da apresentação internacional está com o ministro Guido Mantega, da Fazenda. O desempenho dele em atrair capital produtivo, comenta-se em Brasília, vai contar pontos em sua ficha com a presidente Dilma. Se voltar de mão vazias ou promessas fracas, Mantega, que já foi orientado a falar menos sobre inflação e juros, estará outra vez na berlinda. Ao lado dele, em Nova York, estará o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Para a apresentação, o público está garantido. Mais de 300 potenciais investidores, empresários, advogados e consultores com endereço na cidade americana se inscreveram para a primeira etapa do "road show".
"Mesmo sendo uma cidade com uma certa fadiga de eventos, a procura foi bem maior do que a nossa expectativa", disse o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Itamaraty, Rubens Gama. Ainda não há informação sobre as reservas confirmadas para a apresentação que a ministra Gleise Hoffmann fará em Londres. O certo é que se vai falar de muito dinheiro, tanto na capital inglesa como na iha de Manhatan, além de, possivelmente, Tóquio e Cingapura, em novas incursões da trupe brasileira ainda não agendadas.
"Queremos atrair maior presença de estrangeiros nos leilões de concessões", afirma Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística. Ele lembra que R$ 133 bilhões estarão em jogo nas obras de rodovias e ferrovias, R$ 54, 2 bilhões em portos e R$ 11, 4 bilhões apenas para obras dos aeroportos do Galeão, no Rio, e Confins, em Minas Gerais.

Esquerda Censurada

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